Calvet: Rota 2030 está alinhado às tendência mundiais
Em agenda na Alemanha, secretário da indústria conheceu startup na área de propulsão elétrica e avaliou desafios do setor automotivo
Aachen (15 de setembro) – A nova política do setor automotivo, coordenada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Rota 2030, está alinhada às tendências mundiais. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do MDIC, Igor Calvet, que, nesta semana, cumpre agenda de trabalho na Alemanha.
Como explicou o secretário em visita à uma startup em Aachen, avalia-se a possibilidade de tributação do IPI por eficiência energética combinada com cilindradas. “Precisamos desenvolver um modelo de política em que haja forte estímulo à produção de veículos ambientalmente sustentáveis e com tecnologia de ponta, o que está ocorrendo em diversos países, como aqui na Alemanha”, disse.
“Por que não pensar em um modelo de tributação proporcional à quantidade de poluentes emitidos? Isso tornará modelos híbridos e elétricos mais atraentes no mercado local. Também estimulará o ingresso de produtores e consumidores no setor. É importante conectar o nosso processo de formulação de políticas com o que acontece no mundo”, declarou Calvet.
Rota 2030
O Rota 2030 define metas de segurança veicular, eficiência energética e emissões de dióxido de carbono para produtores e importadores de veículos. Um dos objetivos é reduzir o número de acidentes com veículos e promover a economia de custos durante a vida útil do produto.
A política se volta para um período de 15 anos, que compreende três ciclos de desenvolvimento de produtos. A expectativa é oferecer condições para alinhamento da produção nacional ao padrão de grandes polos globais de desenvolvimento.
O Rota está sendo construído a partir do diálogo entre diversos entes federais. Além do MDIC, participam das discussões preliminares para a elaboração da política, integrantes do ministérios das Cidades (MC), Relações Exteriores (MRE), Planejamento (MPOG), Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Fazenda (MF) e Minas e Energia (MME), da ABDI, Inmetro e Ibama Pelo setor privado, foram envolvidas entidades como Anfavea, Sindipeças, Abeifa, Abimaq e Anip.
Startups de eletromobilidade
Nesta sexta-feira, a comitiva do MDIC esteve na RWTH, aceleradora de startups. No galpão instalado no campus da Universidade de Aachen, atualmente são desenvolvidos cerca de 20 protótipos de veículos com sistemas de propulsão elétrica.
Um dos projetos desenvolvidos é o e-Go, carro elétrico que tem autonomia de 100 quilômetros e é vendido, na Europa, por 16 mil euros. A startup recebeu investimentos de 30 milhões de euros e fabrica dez mil veículos por ano.
Christian Steinborn, CEO da empresa, explicou que, na Alemanha, a venda do veículo recebe um benefício por parte do governo e é comercializado por 12 mil euros. “É um preço bastante convidativo. Com isso, nossa empresa está crescendo. Instalamos uma filial no México e estamos buscando novos parceiros”, afirmou.
Como explicou Steinborn, a e-Go agora se concentra na construção de um ônibus autônomo, que terá capacidade para 15 pessoas. “Os nossos projetos buscam sempre acompanhar três tendências da indústria automotiva: eletromobilidade, conectividade e veículos autônomos”, disse.
Agenda
Amanhã (16) o secretário Igor Calvet visitará o Salão do Automóvel de Frankfurt. O evento, promovido pela Associação da Indústria Automóvel Alemã (VDA), é considerado uma das maiores exposições do setor do mundo.
No domingo, a comitiva do MDIC se reunirá com representantes da indústria automotiva alemã.
A agenda oficial do MDIC na Alemanha se encerra na segunda-feira. Haverá um encontro com membros da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (NPE), conselho multistakeholder do governo alemão que recomenda ações e políticas para a indústria relacionadas à eletromobilidade. Em seguida, o grupo se reunirá com integrantes do Ministério Alemão para Economia e Energia (BMWi). Na pauta, políticas para o desenvolvimento da mobilidade elétrica.
A visita técnica é promovida pelo Promob-e – Sistemas de Propulsão Eficiente, executado pelo MDIC. A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica firmado em janeiro deste ano com o Ministério Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ, na sigla em alemão), por meio da Agência de Cooperação Internacional (GIZ).
Além de representante do MDIC, a comitiva da visita técnica à Alemanha é formada por integrantes dos ministérios de Minas e Energia (MME) e das Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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