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Indústria têxtil e o comércio exterior

A indústria têxtil é um dos principais setores produtivos da economia brasileira.

O setor é responsável por um grande volume movimentado em mercadorias de importação e exportação, com expressivos resultados alcançados nos últimos anos. 

Por isso, neste texto iremos entender um pouco melhor os dados desta indústria, principais produtos e mais informações relevantes.

Dados do comércio exterior

Exportação

O ranking dos principais países consumidores dos produtos têxteis brasileiros é (dados de 2021):

  1. Argentina;
  2. Paraguai;
  3. Estados Unidos;
  4. Colômbia;
  5. Uruguai;
  6. Peru;
  7. Chile;
  8. México;
  9. China;
  10. Equador.

Como fica evidente, a indústria têxtil brasileira tem como seu principal mercado consumidor os países da América do Sul.

Alguns fatores ajudam a explicar essa participação tão ativa no mercado sul-americano, dentre eles:

  • Baixo custo logístico devido à proximidade geográfica.
  • Influência brasileira na mídia sul-americana.
  • Clima parecido no continente, tornando o produto brasileiro acessível;
  • Similaridades nas culturas entre os países importadores.
  • Alta qualidade dos produtos da indústria brasileira.

Os principais produtos exportados pela indústria têxtil brasileira são:

  • Tecidos de algodão
  • Redes de malhas
  • Tecidos de poliéster
  • Fios texturizados
  • Roupas e vestuários.

Importação

O ranking dos principais países fornecedores da indústria têxtil brasileira é (dados de 2021):

  1. China
  2. Índia
  3. Paraguai
  4. Vietnã
  5. Indonésia
  6. Estados Unidos
  7. Bangladesh
  8. Turquia
  9. Israel
  10. Taiwan

Um padrão notado entre os principais fornecedores brasileiros, é preponderância de países Orientais, muito por conta do fornecimento de produtos e insumos necessários para indústria têxtil, em abundância nesta região do planeta.

Os principais produtos importados pela indústria têxtil brasileira são:

  • Fibras naturais – algodão, seda, lã, rami/linho, juta, sisal etc.;
  • Filamentos artificiais – viscose, acetato;
  • Filamentos sintéticos – poliéster, nylon, lycra, polipropileno.

 Tendências do setor

No ano de 2017, o Comitê Superior da Indústria Têxtil e de Confecção Brasileira elaborou um estudo que foi publicado pela Estação das Letras e Cores, contendo as perspectivas do setor para os próximos anos.

Neste estudo, chamado de A quarta revolução industrial do setor têxtil e de confecção: a visão de futuro para 2030, como o próprio nome evidencia, contém a visão das empresas e órgãos do segmento têxtil e de confecção até o ano de 2030.

Dentre as principais tendências apontadas no estudo, destacam-se:

Automação e robótica

Na confecção, a manufatura automatizada atingiu um estágio sem precedentes. Sistemas de costura robótica têm sido desenvolvidos desde a década de 1980. As tentativas iniciais partiam da máquina de costura tradicional, procurando-se aumentar o número de dispositivos que permitissem a eliminação do operador humano. A mudança da abordagem, procurando-se alterar os dispositivos tradicionais para permitir o controle do posicionamento e da manipulação de duas peças do tecido, abre caminho para a eliminação completa do operador. O emprego da visão de máquina para determinar a posição de costura em relação aos fios é fundamental para a automação da confecção.

Tecnologias sustentáveis

Redução do consumo de água e de energia, minimização de rejeitos, de desperdícios e do emprego de substâncias perigosas, produção de tecnologias com energias limpas e de produtos de alto desempenho ambiental são as principais orientações de desenvolvimento das tecnologias sustentáveis. A maioria dos produtos têxteis pode ser reciclada, permitindo recuperação de parte da energia e do material empregado. Este processo de recuperação pode ocorrer em closed-loop ou open-loop.

O emprego de sistemas quantitativos de mensuração de impactos ambientais será essencial para a governança da cadeia de valor sustentável. Sistemas de modelagem virtual e tingimentos físicos, como Active Tunnel Infusion, reduzem drasticamente o consumo e os desperdícios de matéria-prima, água e energia, assim como diminuem a poluição do ar e das águas

Biotecnologia

No setor têxtil e de confecção, biotecidos, biofibras e bio roupas são áreas de intensa experimentação, tanto artesanal quanto científica. De acordo com a National Science Foundation, a biotecnologia congrega: (1) biomateriais, (2) biomimética, bioinspiração e bioativação, (3) materiais sintéticos para aplicação em contato com sistemas biológicos e (4) processos pelos quais a natureza produz materiais biológicos.

A introdução de moléculas com propriedades biológicas é essencial para um grande número de aplicações biotecnológicas. O potencial biomimético extremo de materiais de nova geração foi demonstrado pelo uso de biocompósitos nanoestruturados de quitina, revelando propriedades físicas como fotoluminescência. Malhas de poliamida foram impregnadas com troxerrutina, um fármaco utilizado como flebotônico e vasoprotetor, mostrando que os novos materiais agem como têxteis multifuncionais bioativos que podem produzir, ao mesmo tempo, compressão, devido à estrutura do tecido, e propriedades hemostáticas.

Smart Textiles e Wearable Technology

Smart Textiles baseiam-se no entrelaçamento de diversas disciplinas, como Design e Tecnologia Têxtil, Química, Física, Ciência dos Materiais e Ciência e Tecnologia da Computação. Novos tipos de fibras e estruturas, a miniaturização da Eletrônica e as tecnologias sem fio estão permitindo o desenvolvimento de produtos têxteis e de confecção que integram essas tecnologias e implementam suas capacidades de comunicação (BERGLIN, 2013). O conceito básico de um Smart Textile é sua capacidade de perceber e de reagir a diferentes estímulos provenientes de seu ambiente. Em suas formas mais simples, o produto apenas percebe e reage automaticamente sem que haja uma unidade de controle ou um atuador para isso.

Purchase Activated Manufacturing

A estratégia Purchase Activated Manufacturing, PAM, é uma ruptura tecnológica na era da Internet. A partir de um estoque físico de tecidos brancos, não há mais estoques de produtos acabados. Nada é produzido materialmente antes que a ordem de compra seja finalizada e paga pelo consumidor. O prazo de entrega é instantaneamente reduzido para alguns dias em vez de meses e, eventualmente, poderá cair a frações da hora. Uma minifábrica baseada na estratégia PAM incorpora a manufatura de confecção desde o design até a roupa pronta sob o mesmo teto. Baseia-se, portanto, em tecnologias que permitem a automação e a integração de todas as atividades e processos produtivos.

Como pudemos perceber, a indústria têxtil possui uma importância e abrangência difícil de mensurar para a economia brasileira.

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